sábado, 31 de maio de 2008

The Beatles - CD-Rom 26 Álbuns (Repost)

Imperdível!!! A imagem acima é a tela de abertura do CD-ROM The Beatles!!! Você terá à sua disposição 26 álbuns, e as letras das músicas da banda de rock mais famosa de todos os tempos!!!

Todos os clássicos dos Beatles agora estão ao seu alcance em um único CD-ROM. Um trabalho de qualidade e profissionalismo.

CD-ROM contendo "na íntegra" os 26 álbuns dos BEATLES lançados pela EMI inglesa, como segue:
01. PLEASE PLEASE ME
02. WITH THE BEATLES
03. A HARD DAY'S NIGHT
04. BEATLES FOR SALE
05. HELP
06. RUBBER SOUL
07. REVOLVER
08. OLDIES BUT GOLDIES
09. SGT. PEPPER'S
10. MAGICAL MYSTERY TOUR
11. WHITE ALBUM
12. YELLOW SUBMARINE
13. ABBEY ROAD
14. HEY JUDE/BEATLES AGAIN
15. LET IT BE
16. 1962/1966
17. 1967/1970
18. ROCK'N'ROLL MUSIC
19. HOLLYWOOD BOWL
20. LOVE SONGS
21. RARITIES (UK - CAPA AZUL)
22. BEATLES BALLADS
23. REEL MUSIC
24. 29 GREATEST HITS
25. PAST MASTERS VOL. 1
26. PAST MASTERS VOL. 2

A primeira tela que se abre traz todas as capas dos LPs, e você escolhe qual quer ouvir. Como ele é formatado para o Windows 95, é só colocá-lo no CD player e surge a tela inicial. Pode-se escolher qualquer um dos 26 álbuns, e a figura do disco escolhido aparece em um tamanho maior que as outras no canto direito da tela.

No parte de baixo da tela, aparece o nome do álbum e a música selecionada, a primeira faixa, com a seqüência do disco, e o tempo de cada música.

Na parte de cima, aparece a data de lançamento na Inglaterra e nos EUA e o tempo total do disco.

Ao clicar mais uma vez na capa do disco, aparece a seqüência alfabética das músicas, e no canto esquerdo inferior, as capas dos discos de que ela faz parte (caso existam em mais de um, como por exemplo as músicas em coletâneas).

Mais um clique e aparece a letra da música que está sendo tocada. E a grande vantagem (atenção aqueles que procuram letras): estão todas lá, completas, inclusive as que não foram compostas pelos BEATLES.

O pano de fundo é uma bela foto do programa "Around The BEATLES", como se fosse um papel amassado, formando um efeito muito bonito.

Existem duas falhas, o que não invalida o CD-ROM: as músicas do lado dois do "Yellow Submarine", compostas por George Martin, não aparecem e - o mais grave, mas não imperdoável - as faixas do "Hollywood Bowl" não são ao vivo, são apenas as gravações de estúdio.

Para quem curte os BEATLES, um item de coleção indispensável, pois aqueles que utilizam o computador também para ouvir música, podem deixar o CD-ROM rolar que as músicas vão seguindo a seqüência dos álbuns.

As músicas estão em formato .wav comprimido de qualidade próxima ao CD normal .

Download CD-Rom Beatles : Parte 1 /Parte 2 / Parte 3 / Parte 4 / Parte 5 / Parte 6

Obs: Os arquivos estão divididas em 6 partes Winrar. Junte-as e terá uma imagem ISO do Nero, e grave-a num CD-Rom.

Marcadores:

Paul in Rio Live In Maracanã

Live In Maracanã
Rio De Janeiro - Brasil
1990

Boa gravação do Paul, mas não está completo.

01. Can't Buy Me Love
02. Get Back
03. Interview
04. Let It Be
05. The Fool On The Hill
06. My Brave Face
07. Interview
08. P.S I Love You - Love Me Do
09. Live And Let Die
10. Hey Jude
11. Figure Of Eight


Créditos : Blog Stoned

Marcadores:

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Michael Jackson - Moonwalker (RMVB)

Moonwalker

Gênero: Musical
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1988
Estúdio: Ultimate Productions
Direção: Jerry Kramer, Jim Blashfield e Colin Chilvers
Roteiro: David Newman, baseado em história de Michael Jackson
Produção: Jerry Kramer
Música: Bruce Broughton e Michael Jackson
Fotografia: Thomas E. Ackerman, Robert E. Collins, Frederick Elmes, John Hora e Crescenzo Notarile
Edição: Dale Beldin, David E. Blewitt e Mitchell Sinoway

Elenco :

Michael Jackson (Michael)
Brandon Quintin Adams (Zeke "Baby Bad" Michael)
Sean Lennon (Sean)
Kellie Parker (Kellie)
Joe Pesci (Mr. Big)
Joseph Shabalala (Joseph Shabalala)


Sinopse :

Michael (Michael Jackson) mostra a todos o seu mundo, a sua alegria e sua tristeza e seus sonhos em varios clipes da sua carreira tumultuada.

No Filme ele ajuda 3 crianças a combater Mr.Big (Joe Pesci)um traficante, no seu plano de conquistar o mundo com as DROGAS, Michael usa poderes fantásticos para combater o inimigo.

Formato: RMVB
Tamanho: 324MB
Idioma: Inglês
Legendas: Português/BR embutidas


Downloads :

Marcadores:

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Vinil no Reino do CD

Há mais de vinte anos que o compact-disc, vulgo CD (inventado em 1979 e comercializado a partir de 1982), fez a sua entrada nos meios dos registos sonoros. Tinha por missão alcançar uma melhoria significativa no som, livrando-nos de todos os cracks e plops com que o VINIL usualmente nos brindava. Não falando nos primeiros anos de vida, em que o som debitado era realmente muito mauzinho, hoje pode-se de um modo geral reconhecer que tal missão foi alcançada. Melómanos à parte, cuja exigência de qualidade só muito raramente é satisfeita e sempre por intermédio de equipamentos super luxuosos cujo acesso está vedado à grande maioria dos amantes de música.

Mas apesar do salto qualitativo em termos de áudio, será que o CD conseguiu substituir o VINIL? Penso que não, porque tirando o som (e mesmo esse é discutível, visto que a faixa dinâmica e resposta do CD não supera em todos os quesitos as do VINIL – nomeadamente nas frequências extremas em que a “naturalidade” e a espacialidade se perdem) o CD nunca conseguiu ocupar o lugar do VINIL, sobretudo como objecto iconográfico de várias gerações de consumidores.

Se pensarmos que a área útil da capa de um CD é cerca de nove vezes inferior à de um long-playing de VINIL, facilmente se compreende a razão da impossibilidade de uma hipotética substituição. Na altura do lançamento do compact-disc privilegiou-se mais uma vez o lucro fácil (hoje já não é segredo para ninguém que o custo de fabrico de um CD representa menos de 10% do preço a que ele é tabelado comercialmente), não se tendo sequer pensado que as novas dimensões, de tão reduzidas, iriam inevitavelmente acabar com um dos grandes trunfos das edições em VINIL.

Refiro-me obviamente às capas e a todo o artwork a elas associado. Hoje em dia publicam-se livros ou fazem-se exposições sobre essas mesmas capas, divulgam-se os nomes dos artistas que deixaram a sua marca em muitos trabalhos discográficos. Mas na era pré-CD tudo isso estava implícito no objecto disco, ou seja, comprava-se pelo mesmo preço a música e a arte.

E tão diferente era a sensação de se ir a uma loja de discos, manusear dezenas e dezenas de exemplares até o nosso gosto pessoal eleger os felizes contemplados com um bilhete de ingresso às prateleiras da nossa casa. Seguia-se depois todo um cerimonial que conduzia à audição: a retirada do disco do seu invólucro, a colocação no prato do gira-discos, o acerto do nº de rotações, a passagem da escova “Emitex” pela superfície já em movimento, a suave descida da agulha na primeira espira da primeira faixa do primeiro lado.

E depois sentávamo-nos, com o album entre mãos. E caso as letras viessem lá impressas então o contentamento era ainda maior, pois dáva-nos a possibilidade de seguir as músicas palavra por palavra. Foi assim que eu me habituei a ouvir e a amar a música nos meus verdes anos. O advento do CD, nos meados dos anos 80, acabou de vez com todos aqueles pequenos prazeres, as novas capas foram banalizando-se cada vez mais até incluirem apenas um grande plano do intérprete do disco, a maior parte das vezes de qualidade fotográfica inferior.

Têm-se feito algumas tentativas nos últimos anos visando conferir ao CD uma dignidade própria: são as edições cartonadas especiais, réplicas de albuns ou ainda caixas de antologias onde se inclui diverso material adicional, como pequenos livros ou luxuosos folhetos. E no entanto a solução sempre foi fácil, pelo menos pessoalmente já a pratico há alguns anos a esta parte: dei-lhe o nome de “album híbrido”, que no fundo não é mais do que a junção dos dois suportes musicais: o principal, a versão original do disco em VINIL e o secundário, o CD incluído na capa interior (desse modo pode continuar a usufruir-se de todas as vantagens do album em edição original e ouve-se a música em CD para assim preservar o VINIL).

Créditos : Rato Records

O vinil resiste através dos tempos

Mesmo com o avanço da tecnologia de áudio com o surgimento do CD, passando pelo MP3 e o hoje em dia o IPOD - o Long Play, conhecido também como LP, disco de Vinil, ou ainda “bolachão” - não perdeu força entre os amantes da música e da arte. Ainda existem os prós e contras na aquisição de CDs e LPs. De um lado a praticidade - adquirir uma música rápida e sem custo através da internet; por outro a emoção de ouvir a música predileta produzida pelo som original de uma agulha. As diferenças entre o CD e o LP são muitas - a começar pela sonoridade. A leitura no primeiro é digital e no segundo é análogo, e isso faz uma grande diferença.

“Enquanto o vinil tem som mais grave e mais vivo, o do CD digital ganha definição de agudo e perde no som grave", explica o DJ Akeen. Já os cuidados, tanto com o CD e o LP, devem ser os mesmos, pois os dois riscam e estragam com facilidade. No caso do LP, o material possui a fragilidade de ser riscado, fazendo com que as músicas fiquem com chiados, ou ainda comecem a pular ou repetir durante a execução, enquanto o CD oxida e tem sua vida útil menor.

Uma outra característica que se desfez com o advento dos CDs - e o mais lamentável - foi a perda de espaço reservado para arte nos encartes. "No CD, o espaço para arte de capa é limitado; já no LP é infinito", afirma o multimídia Kid Vinil. Para o bancário Alexandre Verardo Bittencourt, "a capa dos discos, como são maiores, dão mais destaque aos trabalhos, ficando assim mais bonitos". Já para Akeen, ele acredita que “existem bons encartes em CDs; mas nem todos, principalmente as coletâneas que perdem um pouco da beleza”.

Mas nem tudo está perdido! Ainda é possível encontrar capas de CDs estrangeiros com ótimos trabalhos, devido aos esforços de novos artistas. “No Brasil, os selos independentes são mais preocupados com a arte no CD do que as grandes gravadoras”, afirma Kid.

Um outro agravante em relação à aquisição do CDs e LPs está relacionado ao custo. No exterior, o número de colecionadores e apreciadores de vinil é bem maior, obrigando as gravadoras à lançar compactos, remixes e LPs em tiragens limitadas, além de singles (CD com média de 2 músicas), principalmente para DJs. Porém, o custo do LP é elevado, acarretando na escolha do CD pelo público; ainda mais no Brasil, com uma sociedade que não possui um padrão para consumir CDs com preços normais, acarretando assim na compra de CDs piratas, de qualidade bem inferior.

Mesmo com tanta modernidade, praticidade, custo baixo e CDs piratas por toda parte, ainda existem aqueles que não trocam seus discos de vinil por nada. Para se ter uma idéia, a edição original de Necrophilia (1972) da banda de rock Rolling Stones, custa entre 5 e 10 mil euros, segundo o autor do catálogo “Record Collector Dreams” Hans Pokora, considerado como o maior colecionador do mundo, com cerca de 8,5 mil discos de vinil, todos raros. Pelo visto, o bom e velho vinil nunca deixará de despertar paixão em seus amantes colecionadores.

Essas imagens valem mais que mil palavras, mostram a última fábrica de vinil da América Latina, localizada em Belford Roxo - RJ. - Podem ainda não ter acabado no Brasil, mas tá bem, bem caidinha !!!

Marcadores:

The Songs Remain The Same - Led Zeppelin - 1976

Ano: 1976
Formato: Rmvb
Qualidade: Dvd/Rip
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 431 Mb
Duração: 132 Minutos

Links - Divididos

1-Parte 90Mb /2-Parte 90Mb / 3-Parte 90Mb / 4-Parte 90Mb / 5-Parte 71Mb

Os pioneiros do rock pesado Led Zeppelin, cuja mistura de um forte blues com rock sarcástico os tornou um monumento do mundo da música, leva você a uma sedutora jornada por canções e imagens. Este filme de auto-impacto mostra o grupo no legendário concerto no Madison Square Garden em 1973 descortinando cenas que misturam o grupo em suas casas e em elaboradas fantasias no palco. O vocal pesado de Robert Plant, a abertura explosiva de Jimmy Page, o estrondoso ritmo do baixista John Paul Jones e o baterista John Bonham, tudo gira, choca e colide - em clássicos como Stairway to Heaven, Dazed and Confused, Whole Lotta Love e muitos outros.

Créditos : Arapa-Rock-Motor

Led Zeppelin - The Song Remains The Same

Marcadores:

Wagner Moura Vs. Babacas do Pânico


Vs.

Reflexão : Até que ponto a Tv Aberta no Brasil, vai descer o nível...mais ...mais !!!

Carta aberta do ator Wagner Moura que vale a pena ler. Ela fala por si:

"Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo "que coisa horrível" (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.

" O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice "

O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

" Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência "

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.

No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a "cagada" que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?"

Marcadores:

Gene Vicent And His Blue Caps - Bluejean Bop!


Gene Vincent

Publicado no www.whiplash.net - o mais completo site de rock e metal

Por Márcio Ribeiro

Não existe aquele indivíduo que escute rock 'n' roll e não conheça "Be-Bop-A-Lula"! Com um mega-hit e uma série de compactos de menor expressão, Gene Vincent And The Blue Caps é uma das melhores referências para rockabilly existente em disco.

Eugene Vincent Craddock nasceu no dia 11 de fevereiro de 1935 na cidade de Norfolk, Virginia, nos Estados Unidos. De família humilde, Eugene, ou Gene, como passou a ser chamado, costumava caçar cisnes ilegalmente para a família ter o que comer. Como muitos dos seus contemporâneos, Gene começou cantando na igreja e aos 12 anos de idade ganhou seu primeiro violão. Aos 15 ele abandonou os estudos, mentiu sobre sua idade e se alistou na marinha em 1952.

Em Julho de 1955, um evento inesperado acaba por ferir seriamente sua perna. A verdade atrás deste incidente é uma daquelas histórias que ninguém nunca saberá com certeza. Ele mesmo a cada hora contava o evento de uma forma. Ora ele diria que foi baleado, ora a culpa teria sido de uma mina terrestre ou então, um acidente com o tubo exaustor de um submarino no qual servia. Outros costumam contar que o incidente ocorreu com uma motocicleta durante uma folga. Uma mulher dirigindo um Chrysler avançou o sinal e acertou Gene que guiava sua nova Triumph, esmagando seriamente a perna. Qualquer que seja a versão correta, o certo é que sua perna ferida foi motivo de constante dor por toda sua vida. Ele foi aconselhado por diversos médicos a amputar a perna para se livrar desta dor, coisa que ele sempre se recusou a fazer. Depois de várias operações, foi colocada uma placa de aço para que a perna pudesse sustentar o peso do seu corpo.

A marinha o mandou de volta a Norfolk para se recuperar e foi neste período que ele acabou formando uma banda, tocando no circuito country nas cercanias da sua cidade. Paralelamente, arrumou um emprego na rádio WCMS cantando ocasionalmente com a banda da rádio, The Virginians. Apresentou-se no programa Country Showtime onde chamou a atenção do DJ, Sheriff Tex Davis, que lhe passou a notícia de que a Capitol Records estava promovendo uma caça por talentos, à procura do próximo Elvis. Aqui novamente temos diversas versões para os fatos que vieram a seguir.

1 - Gene e seu colega Donald Graves pegaram o trem para a Califórnia, e pelo caminho passavam o tempo lendo revistas em quadrinhos da Luluzinha. Assim, em uma tarde particularmente alcoolizada, e inspirado na Luluzinha, escreveram "Be-Bop-A-Lula".

2 - Gene conheceu Donald Graves no hospital enquanto se recurperava das suas operações. Passavam o tempo lendo revistas em quadrinhos da Luluzinha. Donald e Gene escreveram "Be-Bop-A-Lula" inspirado no personagem. Depois o DJ Sheriff Tex Davis pagou US$25.00 a Graves por sua parte na canção. Tirou o nome de dele da autoria e colocou o seu próprio como co-autor.

3 - Donald Graves escreveu a canção sozinho depois de ter passado dias lendo Luluzinha e conversando sobre rock com seu colega de quarto Gene, no hospital. Vendo potencial na canção, Gene teria pago US$50.00 nela.

4 - Gene Vincent e Sheriff Tex Davis escreveram a canção não tendo qualquer participação de Graves em sua composição.

Novamente, como as lendas tendem a perpetuar, jamais saberemos ao certo. O que é fato conhecido é que Sheriff Tex Davis fechou contrato com um jovem e impressionável Gene Vincent que colaborou com ele em composições futuras.

Chegando em Los Angeles, havia um total estimado de 250 pessoas disputando a vaga mas Gene foi quem ganhou. Como ele mesmo diria, "só haviam duas músicas originais em todo o concurso e a minha era a melhor." Existe uma outra versão desta historia que diz que ainda em Norfolk, gravaram um demo tape de "Be-Bop-A-Lula", "Race With The Devil" e uma balada bem country chamada "I Sure Miss You" com o financiamento de Tex Davis, que por sua vez a mandou para a Capitol. Isso teria acontecido em 9 de Abril e três semanas depois a Capitol solicitava que Gene e suas banda comparecesse ao studio de Owen Bradley em Nashville.

No dia 4 de maio de 1956, Gene Vincent e os rapazes ficaram presos por horas no aeroporto aguardando as nuvens baixas dissiparem para que os aviões pudessem ser liberados para vôo. Para matar o tédio começaram a tocar e logo o aeroporto ficou em clima de festa. Com um certo atraso, entravam no estúdio para gravar quatro títulos, que transformariam Gene em uma lenda do rock. O produtor Ken Nelson, destacado para gravar este novato, tinha suas dúvidas quanto à banda, os Blue Caps, que iriam lhe acompanhar. A banda consistia em Galloping Cliff Gallup na guitarra principal, Jumpin' Jack Neal no baixo, Wee Willie Williams na guitarra rítmica e Be-Bop Harrell, que na ocasião tinha apenas 15 anos de idade, na bateria.

Acostumado a bandas com muita promoção e pouca produção, Nelson deixou uma equipe montada por músicos profissionais de prontidão para o caso desses novos astros não terem o nível necessário. Mas bastou ouvir a mão ágil e os solos criativos de Cliff Gallup na guitarra para saber que os músicos na reserva não seriam necessários e logo foram dispensados. Cliff tocava uma Gretsch Black Duo Jet com amplificação Fender e captadores Dynasonic/DeArmond. Criou pedais para echo construídos por ele mesmo, usando peças de gravadores antigos, o que dava uma reverberação à sua guitarra que se tornou standard para o som até hoje associado com o rockabilly clássico. Usava palheta normal em conjunção com palhetas tipo dedal nos dedos do meio e ainda usava a alavanca para vibrato com o dedo mindinho. A sua forma de tocar, assim como seu gosto para timbres, tem sido a "bíblia" para o estilo, influenciando todos os posteriores e muitos contemporâneos ao seu trabalho.

Ao final daquela sessão, nascia "Be-Bop-A-Lula/Woman Love", o seu primeiro compacto. A canção lançada no dia 2 de Junho de 1956 foi direto para os dez mais, se estabilizando em 7º lugar e vendendo 200 mil copias até o final do mês. Muita gente na época achava que se tratava do próprio Elvis. Até mesmo a senhora Gladys Presley, mãe de Elvis, após ouvir a canção no rádio, mandou um telegrama para o seu filho congratulando-o pelo seu novo sucesso. Embora sua voz pudesse ser facilmente confundida com a de Elvis Presley, na verdade o estilo de Gene Vincent era bem menos melodramático que o do rei.

Com o primeiro compacto nascia também a sua imagem de "bad boy" de um rock 'n' roll ainda selvagem e menos industrializado, o que é bem ilustrado pelo seu lado B, "Woman Love", que lhe criou problemas para divulgação radiofônica. Na verdade, "Woman Love" saiu originalmente como lado A, sendo passado posteriormente para o lado B pelo fato de os Dj's recusarem tocá-la. Em parte isso se deve aos excessivo apelo sexual, com Gene gemendo paixão efusivamente. E em parte porque, na letra, a palavra hugging tem seu "h" soando muito com o som de um "f". Por este motivo, Gene foi multado em US$10,000 por obscenidade, julgado à revelia, uma vez que ele estava excursionando e não pode parar tudo para se defender da acusação.

Mas Gene nem ligou, pois já era um astro cantando 350 dias ao ano e ganhando muito dinheiro. Sua banda, The Blue Caps, Os Quepes Azuis, uma referência ao quepe azul que o então presidente Eisenhower usava sempre que jogava golfe, estava sempre ao seu lado em todas as suas apresentações. É seguro dizer que The Blue Caps foi uma das melhores bandas de rock ou rockabilly da época. No palco, Gene era a própria excitação, pulando e se movimentando como poucos. Às vezes levantava a perna da calça para mostrar a placa metálica na sua perna ruim, se achasse que o público estava indiferente ao seu espetáculo. Certa vez, empolgado pelo público, pulou do palco à platéia e acabou quebrando sua perna boa.

Seu segundo compacto, "Run With The Devil", vendeu muito pouco mas como "Be-Bop-A-Lula" continuava vendendo bem, Gene foi convidado a gravar um LP. O fracasso comercial de seu segundo single foi mais por problemas culturais já que foi considerado inadequado pelas rádios promover uma canção com o nome do diabo no título.

O LP "Bluejean Bop" com suas 16 faixas, foi gravado em dois dias. Como tudo estava acontecendo tão depressa, Gene não tinha canções novas suficientes para encher um Long Play. Assim, utilizaram standards como "Jezebel", "Peg O' My Heart" e "Up A Lazy River", temas nem um pouco roqueiras mas que, com a voz e o instinto natural de Gene para baladas somados a guitarra elaborada de Cliff, Nelson conseguiu capturar em fita a atmosfera necessária para englobar os contrastes destas canções com os demais materiais roqueiros da banda em uma só unidade.

A banda contribuiu largamente para a atmosfera excitante destas gravações com gritos de "Woo" e "Yeah" no meio das canções. Nunca é demais lembrar que a técnica de gravação da época não previa playback. Consistia sim, em gravar todos ao mesmo tempo "ao vivo" no estúdio. Seu terceiro compacto, "Blujean Bop", foi outro grande sucesso e colheu um disco de ouro.

Durante toda a segunda metade da década de 50, seus compactos eram bem aceitos mesmo sem serem hits propriamente ditos. "Race With the Devil", "Bluejean Bop", "Gonna Back Up Baby" e "B-I-Bickey-Bi, Bo-Bo-Go", embora não estivessem entre "Os Dez Mais" (Top Ten) das rádios, são registros de rockabilly em sua forma mais exuberante, cheios de força, ímpeto e vibração.

Cliff Gallup, cansado das constantes viagens por todo o país, informou que estava saindo da banda. Aos 26 anos de idade e casado, foi convidado ainda a trabalhar como "sessionman" (músico de estúdio) por Ken Nelson, mas recusou o convite. Gallup abandonou a vida de músico profissional tocando em bares locais só nos fins-de-semana. Já na decada de 60 e 70 tocou com a banda Carolina Charlie and The Four C's que servia muitas vezes como banda de apoio para músicos country excursionando sem banda fixa. Alem de Gallup os Four C’s incluiam Charlie Wiggs nos vocais, Felton Clark no baixo e Art Newbern na bateria. Gravaram um disco chamado "Straight Down The Middle" pelo selo Pussycat (PCLPS 701) no final dos anos sessenta. O álbum inclui pérolas como "Girl From Ipanema", "September In The Rain" e "Be-Bop-A-Lula" além de duas composições de Gallup, "Mean" e "Come On In". Gallup faleceu de um ataque cardíaco em 1988.

Ainda no ano de 1956, Gene participou do filme "The Girl Can't Help It". Gene aparece com os Blue Caps apresentando "Be-Bop-A-Lula" em playback. A formação da banda continha um jovem Russell Wilaford na guitarra fazendo toda a mímica enquanto o solo de Cliff Gallup soa pelos alto-falantes. Willie Williams que também havia saído por não agüentar a vida na estrada foi substituído por Paul Peek. Wilaford embora pose em diversas fotos de publicidade como membro do Blue Caps, jamais gravaria nada com a banda sendo substituído pouco depois.

Para o sucesso do segundo LP de Gene, Nelson conseguiu convencer Gallop a voltar ao estúdio pela última vez. Então, em Outubro, foram gravadas com ele mais uma série de músicas nas quais se inclui "Five Feet of Lovin'", "You Better Believe", "Cat Man", "Pink Thunderbird" e "Crusin'". O LP "Gene Vincent And the Blue Caps" sairia em Março de 1957 e venderia bem. O material com a dupla Vincent e Gallup soma ao todo cerca de 35 canções espalhadas entre álbuns, coletâneas e lados B.

Ao final do ano, a sua perna voltava a dar problemas, inclusive sangrando seguidamente. Era óbvio que Gene precisava de um descanso mas ele ainda assim insistiu em continuar se apresentando até que seu baixista, Jack Neal e seu empresário Tex Davis pediram as contas e saíram. Com apenas Dickie Harrell entre os Blue Caps originais e sem empresário, Gene relutantemente voltou para o hospital da marinha para uma série de novas operações em sua perna.

Durante esta fase de recuperação, Paul Peek, insistiu que Gene ouvisse uma banda da Carolina do Sul com quem Peek havia tocando, em especial, os solos do seu guitarrista, Johnny Meeks. Gene ficou bem impressionado e o contratou assim como seu baixista Bill Mack. A nova formação dos Blue Caps ficou então com Johnny Meeks na guitarra líder, Paul Peek na guitarra rítmica e backing vocals, Bill Mack no baixo, Dickie Harrell na bateria e mais Tommy "Bubba" Facenda, amigo de infância de Dickie, contribuindo nos backing vocals.

Recuperado, Gene levou seus Blue Caps para estrada tocando e dividindo apresentações e despesas com gente como Roy Orbinson, Carl Perkins e Eddie Cochran. Nesta época, após uma discussão com Gene, Bill Mack foi substituído por Bobby Lee Jones.

Seu produtor, Ken Nelson conseguiu um contrato com a agencia McLemore Artist & Services Bureau para empresaria-lo e à banda. Esse contato apresentou Gene à Johnny Carroll e Buddy Knox, que se tornariam grandes amigos. Inclusive o trabalho destes dois sofreria mudanças, sendo fortemente influenciado pelo estilo Vincent de interpretar uma canção.

A partir desse ponto, os registros de Gene Vincent são cada vez mais produzidos, com backing vocals convencionais e, embora contenham material de bom nível, podem ser ouvidos com uma certa desconfiança em comparação a seu material anterior, bem mais instigante, cru e selvagem. Ainda assim, "Lotta Lovin'" e "Dance To The Bop" se tornam seus últimos hits.

Desta vez, é Dickie Harroll quem está desgastado de tantas viagens e pede para sair. Antes porém, ele se apresenta pela última vez ao lado dos Blue Caps no Ed Sullivan Show no dia 17 de Novembro, 1957. O restante do ano foi dentro do estúdio preparando para o terceiro LP: "Gene Vincent Rocks And The Blue Caps Roll", que sairia novamente em Março do ano seguinte. A novidade foi a inclusão de um piano nas gravações, executada pelo novo membro, Max Lipscomb.

Com a virada do ano, Gene passou a ter cada vez mais dificuldades de manter um plantel fixo sobre o nome de Blue Caps. Lipscomb, Peek and Facenda resolveram seguir carreiras solos enquanto Gene estava na eminência de filmar "Hot Rod Gang", um filme cuja historia giraria em torno dele, e na qual quatro músicas suas seriam apresentadas. Ele montou então uma nova banda com Grady Owen na guitarra rítmica e outro baterista de 15 anos de idade, Juvey Gomez. O proximo passo foi conseguir convencer Peek e Facenda a se apresentarem no filme uma vez que os vocais eram parte importante no som da banda.

Após as filmagens, Gene entrou mais uma vez no estúdio para uma nova série de gravações. Para a vaga de guitarrista dos Blues Caps nestas sessões, foi convidado seu grande amigo Eddie Cochran. Com solos e backings à altura de sua fama, Cochrane tornou essas sessões históricas. Canções como "Git It", "Peace Of Mind", além de uma linda versão para "Now Is The Hour", são exemplos de harmonias clássicas do rock 'n' roll desta geração pre-Beach Boys, tendo a voz de Cochran claramente audível em pelo menos oito dos quinze números gravados. "Rocky Road Blues" e "Summertime" seriam gravados já sem a presença de Cochran que saiu para suas próprias sessões donde surgiria o seu clássico "Summertime Blues". O álbum de Vincent saiu com o nome "A Gene Vincent Record Date".

Com o filme "Hot Rod Gang" nos cinemas e o disco novo nas lojas, Gene e a banda voltam para a estrada, excursionando com Eddie Cochran e Little Richard pelo país e, pela primeira vez, na Austrália. Sem ter um hit tocando nas rádios e se apresentando incansavelmente mundo afora com um dos roqueiros mais selvagens do rock, Os Blue Caps estavam se desintegrando rapidamente. Em Outubro de 1958 Gene resolveu iniciar as sessões que seriam as últimas suas com a banda. Não usaria mais o nome Blue Caps. Johnny Meeks permanecia na guitarra mas a banda tinha agora uma dupla no sax; Jackie Kelso no tenor e Plas Johnson no baritono. Essas sessões produziriam números como "Important Words", "I Got To Get To You Yet" e "Say Mama". Infelizmente cada vez menos Dj's estavam se interessando em divulgar material de Gene Vincent e antes de 1959 chegar the Blue Caps acabaram de vez. Desiludido, Vincent também encerra seu contrato com a agencia de McLemore.

O inicio do declínio que o rock 'n' roll sofreria na América começava em 59. O sistema tentava amainar o rock excessivamente selvagem com artistas mais calmos, moldados em ídolos teens bem mais controláveis. Os mais selvagens eram despachados de uma maneira ou de outra. Elvis foi parar em serviço militar, Little Richard virou repentinamente crente e passou a cantar para Deus, Chuck Berry e Jerry Lee Lewis acabaram presos por problemas legais envolvendo menores; e assim vários dos que sobraram acabaram migrando para a Europa.

Gene antes foi para o Japão. Como banda, montara um grupo de músicos profissionais para a ocasião incluindo o baterista Clayton Watson e seu novo grande amigo, Jerry Merritt na guitarra. A temporada de três semanas no Japão iniciou com 10.000 pessoas aguardando no aeroporto com cenas de frenesi inimagináveis. Todos os shows tiveram sua lotação esgotada mas Gene, o bad boy selvagem de costume, jogou tudo fora e voltou para casa ainda faltando três apresentações para terminar seu contrato. Já ouviu aquela velha historia de que todo japonês parece igual? Pois é, Jerry Merritt continuou a excursão imitando e se passando por Gene Vincent honrando assim os contratos desta lucrativa excursão.

No inicio de Agosto, Gene volta ao estúdio para gravar mais um LP. A banda montada para acompanhá-lo consistia em Jerry Merritt na guitarra, Red Callender no baixo, Jackie Kelso novamente no sax, Jimmy Johnson no piano e Sandy Nelson na percussão. Nos vocais foram chamados The Eligibles e o álbum ganhou o título de "Crazy Times".

O disco fez pouco para revitalizar sua carreira, portanto seu próximo passo foi Londres. Este foi o passo crucial em sua carreira, não só salvando-o de uma obscuridade eminente mas elevando Gene a status de idolatria, coisa que ele nunca havia experimentado em tamanha proporção. Estreou no programa televisivo "Boys Meet Girls" sendo um estrondoso sucesso. Sua imagem em couro preto com um medalhão no pescoço é lembrado até hoje na Inglaterra.

Apresentações impressionantes seguem por toda excursão que muitas vezes eram divididas com outros astros como Carl Perkins, Eddie Cochran e mais tarde Little Richard, que voltava ao rock depois de um período religioso. Gene gravou o single Wild Cat que vendeu bem seguido depois por "My Heart", chegando ao 16º posto das mais tocadas, seu maior hit em três anos.

Gene e Eddie já eram grandes amigos e passaram a tocar juntos, cada um na apresentação do outro. Ao término da "Anglo-American Beat Show", no dia 17 de abril de 1960, os dois, Gene e Eddie mais a namorada de Eddie, Sharon Sheeley, tomaram um táxi para ir de Bristol até o aeroporto de Londres. Na altura de Chippenham, no condado de Wilshire, por volta de uma da manhã, o motorista acertou um poste de concreto a 112 km por hora. Gene quebrou um braço e Eddie voou do carro, morrendo dois dias depois.

Enquanto excursionava com Cochran, os dois fizeram planos para regravar uma velha canção de Al Dexter, "Pistol Packin' Mama" em versão roqueira. Gene foi ao funeral do seu amigo nos Estados Unidos e voltou a Londres onde acabou fixando residência, comprando uma casa e passando a excursionar regularmente pela Inglaterra, França e Alemanha. Em 11 de Maio de 1960, Gene Vicente entra no estúdio da EMI que anos mais tarde ganharia o nome de Abbey Road Studios e grava "Pistol Packin' Mama" que foi lançado quase imediatamente chegando a No. 15 nas paradas, seu maior sucesso na Inglaterra.

Gene passa o resto do ano como também o ano seguinte indo e vindo da Inglaterra para Estados Unidos e de volta. Gravando nos dois lados do Atlântico, é na Inglaterra onde ele tem os seus admiradores mais leais. Faz uma aparição no filme "It's Trad, Dad" onde aparece todo vestido de couro branco e cantando "Spaceship To Mars" com sua nova banda, The Sounds Incorporated. Ele gravou também uma versão alternativa dessa canção pensando em lança-lo mas a Capitol preferiu trabalhar com "Lucky Stars", canção já lançada na América meses antes.

Em inicio de 1962 excursiona com Brenda Lee no "King And Queen of Rock Tour". Depois foi a Hamburgo, tocando no Star Club na mesma época que um desconhecido grupo chamado The Beatles que, não por acaso, também se vestiam de couro como ele. Gene chegou a pensar seriamente em contratá-los como sua banda mas a idéia acabou não se materializando. Seu contrato com a Capitol acabou em 1963 e não foi renovado. A esta altura, os Beatles já eram detentores de três No.1 no hit parade londrino e depois deles, o rock nunca mais foi o mesmo.

Mas até o final do ano, Gene já estava assinando com a Columbia. Gravou então "Where Have You Been All My Life", canção de Arthur Alexander e participou do filme "Live It Up" onde cantou "Temptation Baby". Essas gravações ajudam Vincent a firmar seu nome na cena roqueira que está em plena mutação, dando credibilidade ao seu trabalho como sendo atual e não como um artista do passado.

Gene continuou a manter sua carreira ativa na Europa até 1965, quando voltou à América para uma série de cirurgias na perna. Em sua terra natal, ninguém sabia o que havia acontecido com ele, afinal já havia se passado sete anos desde sua migração européia. Muitos achavam que ele estava decadente, trabalhando como frentista em algum posto de gasolina no sul. Outros diziam que ele havia morrido e houve até quem publicasse um obituário no jornal. Gene lentamente recuperou sua saúde enquanto assistia horrorizado outra revolução no rock. Com flower power e psychedelia à sua volta, Gene pensa em se aposentar, porém a falta de base financeira o obriga a voltar à estrada. Uma serie de ex-empresários e ex-esposas já haviam detonado a pequena fortuna em direitos autorais levantada por ele.

Aos 31 anos, Gene Vincent volta a tentar retomar sua carreira na Inglaterra em 1967. Infelizmente Gene também retorna à sua rotina auto-destrutiva embevecida em álcool. Gravou pela Electra um álbum muito fraco, sem conter nada que lembrasse o espírito erótico e instigante de outros tempos. Gravou depois pela Buddah Records um disco melhor, mas este também passou despercebido. De fato, até suas apresentações durante o final da década de 60 e início de 70 ficaram um tanto caricatas. Trajando uma tradicional roupa de couro, sua marca registrada, dentro de um corpo já gordo e debilitado, Gene se recusava a enxergar que seu tempo passara. Tocou no "Toronto Rock And Roll Revival Festival", onde reencontrou os amigos Jerry Lee Lewis e John Lennon, além de outros contemporâneos. Depois tentou de novo sua sorte na Europa, mas depressivo e alcoólatra, sua saúde debilitada só piorou sua presença de palco, até que aquela porta também se fechou.

Em Setembro de 1971, Vincent grava quatro canções, cantando sozinho sem acompanhamento. A música seria adicionado posteriormente e o material lançado em 1980 como álbum póstumo. No dia primeiro de Outubro, após ensaiar 12 músicas para uma excursão na Inglaterra, ele grava outras cinco faixas que acabaram saindo no LP "The Last Sessions". Vincent conseguiu honrar dois shows, respectivamente dias 3 e 4 de outubro no Wookey Hollow Club em Liverpool. Em seguida saiu voando de volta para a Califórnia e para o hospital. No dia 12 de Outubro de 1971, Gene Vincent morre de uma úlcera hemorrágica no Intervalley C. Hospital, em Newall, Califórnia. Apaga-se a estrela rara de um dos roqueiros mais autênticos e grande mito da primeira geração do rock.

Como requiem, em Julho de 1994, Jeff Beck lança um disco homenagem a Gene Vincent e seus dois principais guitarristas, Cliff Gallup e Johnny Meek. O disco, chamado "Crazy Legs", apresenta um Jeff Beck pouco conhecido, amante de rockabilly. Beck em busca de autencidade chega ao requinte de utilizar exatamente a mesma guitarra, uma Gretsch Duo Jet completa, com captadores DeArmond, na maioria das faixas.

Gene Vincent - Be-Bop-A-Lula

Marcadores:

George Harrison - A True Legend

Só de ter George Harrison cantando "Get Back" , já vale apenas baixar este bootleg. Vocês não acham ???

Track List:
01 Raga
02 Dehra Dun Intro
03 Dehra Dun (I)
04 Dehra Dun (II)
05 Gopala Krsna (I)
06 Gopala Krsna (II)
07 I Live For You (I)
08 I Live For You (II)
09 Going Down to Golders Green (I)
10 Going Down to Golders Green (II)
11 Get Back (demo) - George Harrison
12 Pete Drake's Talking Steel Guitar
13 Your True Love
14 David Frost Show with Ravi Shankar
15 Awaiting On You All
16 Far East Man
17 I Don't Care Any More
18 Here Comes the Sun
19 Rock Island Line - Bye Bye Love Medley
20 Go Your Own Way
21 Cloud Nine Guitar Talk
22 Taxman
23 Billboard Century Awards 1992
24 All Things Must Pass
25 Prabhujee
26 Chart Show Number 2 Introduction

Download : Megauploud

Marcadores:

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A Caneta Contadora de Histórias!


A AIGO está lançando na feira de inovações tecnológicas de Pequim, a CHITEC 2008, uma caneta diferente que lê textos em voz alta!

A AigoPen é um produto de nova geração equipada com a tecnologia “digital watermark” da Aigo e com um sensor de reconhecimento. Usando estas duas tecnologias em conjunto a caneta é capaz de ler em voz alta qualquer texto impresso.

A caneta transforma qualquer material impresso em uma experiência multimídia. Um dos principais usos da AigoPen deve ser o setor de turismo transformando a leitura de mapas e guias, inclusive expandindo as informações com ajuda da internet.

O preço e a disponibilidade ainda não foram anunciados, mas você pode ter mais informações no site da Aigo.

Via Aving USA.
Créditos : Digital Drops

Marcadores:

Sites Brasileiros de legendas podem estar com dias contados


O ato de legendar séries por todo mundo é um fato, exemplo disso são as mais variadas séries que se podem encontrar legendadas pelos diversos sites que por aí existem. No entanto mais concretamente no Brasil isso pode estar perto de diminuir drasticamente, segundo Mônica Bergamo do jornal Folha de S.Paulo do Brasil a Polícia Federal está a preparar um ataque a este tipo de sites de forma a acabar com eles de vez.

Não se trata de uma tarefa fácil porque existe sempre mais uma forma de compartilhar estes conteúdos no entanto já têm feito progressos.

O dono do site LostBrasil, Daniel Melo de 26 anos, recebeu um comunicado da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual, solicitando a suspensão do compartilhamento de legendas, senão seria sujeito a uma pena, medida este que foi acatada de imediato. Daniel Melo e mais uns colegas faziam a tradução de várias séries já contavam com mais de meia duzia, no entanto face a esta medida isso pode terminar.

Trata-se apenas de uma caso, mas existem tantos outros que poderão receber o mesmo comunicado para terminar com a partilha de legendas.

Os responsáveis pelos sites, poderão responder por produção de conteúdo pirata já que os textos e filmes têm direitos de autor.

Fonte: Series Televisivas

Marcadores:

The Beatles - Hell !


Projeto Beatles Hell !

Depois do imenso sucesso de HATE, lançado 18 meses atrás, Pete ‘Best’ Zarustica e os Beatles – tá bom... só o Ringo – decidiram lançar mais essa rodada de remixes para protestar contra a guerra...

The Beatles’ HELL vem servir o mundo com faixas clássicas remixadas para o vosoo puro deleite. Os quatro poetas de Liverpool – ou do Limbo – decidiram pagar uma etapa no HELL (ou INFERNO para quem não fez BRASAS haha!) como alguns soldados que ainda estão no Oriente Médio foram obrigados a fazer. Eles deram um rolé nos mesmos círculos que Dante nos descreveu 708 anos atrás, e chegaram no fundo do poço, um deles chegando até a ser casar com a Heather Mills. Mas essa viagem é vossa sem esvorço, basta baixar o ultimo disco dos rapazes, The Beatles’ HELL, sim!

Amigos e adversários, puritanos e pecadores, The Beatles’ HELL está lançado à sua própria sorte para downloads. Divirta-se viajando pelos círculos do INFERNO com os quatro garotos de Liverpool e lute contra o horror da guerra…. Baixe as faixas diretamente ou por arquivos torrent. Ou mesmo a imagem do CD para os que querem qualidade.

Agora vão para o INFERNO!

Créditos : www.br.thebeatleshell.com

The Tracks
01.Hell
02.Ticket To Ride
03.You're Gonna Bruise That Girl
04.Got To Get You Under My Knife
05.Sell Me What You See
06.I've Just Seen An Evil Face
07.Hell Terskelter
08.Magical Hystery Tour
09.Helleanor Rigid
10.Mic'Hell
11.Blaming Madonna
12.Act Diabolically
13.Hell'O Goodbye

CD Cover
PDF Format


Full Album
Zip File


Torrents
Complete Disc - MP3 Format
Complete Disc - CD Format


Wallpapers
01.Hell.1024x768
02.Hell.1024x768
03.Hell.1024x768
04.Hell.1024x768
01.Hell.1600x1200
02.Hell.1600x1200
03.Hell.1600x1200
04.Hell.1600x1200
01.Hell.1900x1200
02.Hell.1900x1200
03.Hell.1900x1200
04.Hell.1900x1200


Links
The Beatles' HATE
Marshall Records
Lycantropii
The Beatles' REMIXES
Forrest Gumping

Quem quiser conhecer a página original : http://www.thebeatleshell.com/.

Marcadores:

domingo, 25 de maio de 2008

EXO-Wing - Yves Rossy (o verdadeiro Homem - Foguete)

Estas imagens impressionantes mostram o sonho do corajoso piloto suíço Yves Rossy virar realidade: voar como um pássaro a mais de 200km/h "vestindo" uma asa especialmente desenvolvida para o feito, dobrável e equipada com quatro miniturbinas. Acostumado a pilotar aviões como os caças supersônicos Mirage e F-5 e também os peso-pesados Boeing e Airbus, Rossy vem trabalhando com afinco há anos para aperfeiçoar a sua asa mágica. Confira estas seqüências com a excelente trilha sonora que utiliza música do Moby. Saiba mais sobre o projeto aqui.
Créditos : Feira moderna

O antigo Homem-Foguete ( serial 1949)

Marcadores:

Lennon Legend - The Very Best Of John Lennon (DVD-Rip)


John Lennon com toda certeza está entre os maiores ícones de toda a história do rock. Desde a época dos Beatles até seu período solo, o artista viveu plenamente sua música e suas idéias, dois legados que estarão presentes durante muito tempo, seja na ideologia libertária dos jovens ou na lembrança dos mais velhos.

Este DVD traz as grandes músicas desse mito em videoclipes e em shows.

Faixas:
01. Imagine
02. Instant Karma!
03. Mother
04. Jealous Guy
05. Power To The People
06. Cold Turkey
07. Love
08. Mind Games
09. Whatever Gets You Thru The Night
10. # 9 Dream
11. Stand By Me
12. (Just Like) Starring Over
13. Woman
14. Beautiful Boy (Darling Boy)
15. Watching The Wheels
16. Nobody Told Me
17. Borrowed Time
18. Working Class Hero
19. Happy Xmas (War is Over)
20. Give Peace A Chance

Downloads :

Parte 1 / Parte 2 / Parte 3 / Parte 4 / Parte 5 /

Parte 6 / Parte 7 / Parte 8 / Parte 9 / Parte 10

Marcadores:

Google Pack

Google Pack é um pacote com softwares de diversas empresas diferentes reunidos em um único instalador. A Google embutiu no pacote programas que considera essenciais para multimídia, comunicação e proteção do computador.

Todos os softwares são gratuitos, e de uso simples. Veja, quais são esses programas :

Barra de Ferramentas Google para Internet Explorer
Pesquise em qualquer página da web e preencha formulários automaticamente
Bloqueie pop-ups inconvenientes

Spyware Doctor™ Starter Edition
Detecta e remove spywares, adwares, trojans e registradores de chaves
Inclui programação e atualizações inteligentes para proteger seu PC

Picasa
Localize, edite e compartilhe fotos em segundos
Remova facilmente o vermelho dos olhos nas fotos e faça retoques

Adobe Reader
Visualize, imprima e pesquise arquivos PDF usando uma interface reformulada
Proteja seus documentos e colabore através das reuniões on-line em tempo real

RealPlayer
Reproduza formatos de mídia conhecidos, organize músicas e vídeos
Transfira músicas para o iPod e outros players de mídia portáteis

Norton Security Scan
Detecta e elimina vírus e worms da internet
Atualizações de detecção e verificações programadas gratuitas

Google Desktop
Localize todos os e-mails, arquivos, históricos da web e muito mais
Organize todas as suas informações personalizadas em um único lugar com a Barra lateral

Mozilla Firefox com Barra de Ferramentas Google
Navegue pela internet com rapidez e segurança
Mude de página rapidamente com a navegação por guias

Skype
Faça chamadas de voz e de vídeo grátis para qualquer pessoa que tenha Skype
Ligue para telefones fixos e celulares a taxas baixíssimas

StarOffice (banda larga recomendada)
Processador de texto, planilha, apresentação e muito mais
Inclui o Java™ Runtime Environment

Marcadores:

LULU- don't let me down / fellin' alright


Lulu (cujo nome verdadeiro é Marie McDonald McLaughlin Lawrie) é uma cantora escocesa, mais conhecida por seu sucesso internacional To Sir, With Love.

Ela nasceu em 3 de novembro de 1948 em Glasgow, e alçou à fama aos 15 anos com sua versão de Shout. Sua banda de apoio era chamada The Luvers, mas depois de mais alguns sucessos emplacados no Reino Unido, Lulu passou a seguir carreira solo.

Em 1966 ela estreou como atriz com o filme To Sir, With Love, com Sidney Poitier. Lulu obteve grande sucesso com a faixa título do filme, chegando ao primeiro lugar das paradas norte-americanas. Enquanto isso, ela continuava sua carreira de cantora, participando de vários programas de TV e do Festival Eurovisão da Canção (Eurovision Song Contest, em 1969, vencendo com a música "Boom bang-a-bang".

No mesmo ano, Lulu casou-se com Maurice Gibb, um dos Bee Gees. Suas carreiras musicais, entretanto, levaram ao divórcio pouco tempo depois, em 1973. Apesar de sua carreira de cantora não ter ido muito longe, ela continuou atuando, mantendo sua popularidade no Reino Unido.

Em 2000 Lulu foi condecorada com a Ordem do Império Britânico. Em 2003 ela lançou uma autobiografia, Don't Wanna Fight No More, nome inspirado em uma canção de sucesso que ela compôs para Tina Turner.

Créditos : Wikipédia

Lulu - To Sir With Love

Marcadores:

Tropicália ou Panis et Circenses


O ano de 1968 como diz Zuenir Ventura, não acabou, isso porque os fatos que nele ocorreram estão até hoje por aí sendo estudados e referenciados, pois são de um significado tão grande que ainda não foram de todo mensurados. Entre os inúmeros acontecimentos marcantes daquele ano temos a revolta dos estudantes em Paris, a passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro liderada por artistas e intelectuais, a decretação do AI 5 e o lançamento do LP Tropicália ou Pani et Circenses, síntese de um movimento musical revolucionário que iria mexer com a cabeça de muita gente.

Liderando a Tropicália estavam os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, artistas e militantes culturais que iriam modificar a estética da nossa canção e propor uma discussão que teria como fonte inspiradora outro grande movimento cultural, a Semana de Arte Moderna de 1922. Vivíamos um período de profundas transformações e a juventude tomava as rédeas dessas mudanças. No campo musical o som mais ouvido daquele ano era um álbum gravado em meados de 1967 que estava fazendo muito sucesso pela sua concepção inovadora de não ter interrupção entre as faixas, simular efeitos sonoros de gravação ao vivo e incluir, ainda, cítara, violino, orquestra e, em algumas canções, arranjos psicodélicos.

Tratava-se Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, um dos discos mais importantes de todos os tempos.

O Brasil respirava o clima dos festivais e sentia uma forte pressão da ditadura que tentava a todo custo calar a voz dissonante dos jovens que lhe faziam oposição, nesse contexto, a rebeldia tropicalista tomava corpo e tornava-se o assunto mais badalado da época, faltava apenas o seu manifesto oficial que amadurecia a cada instante, e que viria se materializar na gravação de um disco, que além de Caetano, Gil, Gal Costa e Tom Zé, contava ainda com as participações especiais de Nara Leão e dos Mutantes.

Com produção de Manoel Berenbein e arranjos do maestro Rogério Duprat, incluía tiros de canhões, em Coração materno, de Vicente Celestino, interpretada por Caetano Veloso, faixas ininterruptas, simulação de um jantar ao vivo em Pani et circenses e sons de rua em Geléia geral, demonstrando nesses aspectos que o disco recebia forte influência do trabalho dos Beatles. Seu repertório tinha por objetivo sintetizar o pensamento dos artistas tropicalistas e também do próprio movimento como um todo.

Gravado em maio de 1968 o LP trazia doze faixas, destacando-se “Parque industrial”, de Tom Zé, título herdado de um livro de Patrícia Galvão, a Pagu, líder comunista e agitadora cultural nos anos 20 e 30, onde temos um retrato bem satírico do Brasil, misturando bandeirolas no quintal; céu de anil; aeromoças; jornal popular que não se espreme porque pode derramar; a lista dos pecados da vedete e o bordão “made in Brazil”. Ao lado de Geléia geral, de Gilberto Gil e Torquato Neto, formavam as músicas mais panfletárias do disco, sendo que esta última retrata o Brasil de forma alegórica, onde não faltam um bumba-iê-iêboi; Mangueira onde o samba é mais puro; Pindorama, país do futuro; as relíquias do Brasil dentre outras representadas por uma doce mulata malvada e até um LP de Sinatra. A influência aos intelectuais da semana de 22 esta no verso “alegria é a prova dos nove” retirada do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade. Em Lindonéia, de Caetano Veloso, canção feita a pedido de Nara Leão, inspirada num quadro de Rubens Gershman, temos um bolero com uma letra pessimista e não convencional, aliás, desconstruir o formal era uma das características do grupo, onde não faltavam imagens como policiais, sangue e cachorros mortos nas ruas despedaçados e atropelados.

Em meio a tudo isso acrescente-se um jantar ao vivo em Pani et circenses
incluindo na música a simulação de um disco interrompido no toca discos, dando um efeito muito interessante e que deve ter assustado muita gente, uma poesia concreta em Bat macumba e a celebração final com o Hino ao Senhor do Bonfim.

A capa foi realizada em São Paulo na casa do fotógrafo Oliver Perroy que fazia trabalhos para a Editora Abril e a sua criação foi coletiva, todos davam sua opinião e no final um resultado característico daqueles tempos de “underground” a la Andy Warrol, com pitadas tropicalistas tupiniquins como o terno e a valise de Tom Zé, o penico nas mãos de Rogério Duprat segurando como se fosse uma xícara, o Sgt. Pepper, Gilberto Gil, a saia e o penteado caipira de Gal Costa, o retrato de formatura do curso normal de Capinan, a seriedade dos Mutantes, ou será os The Mammas & the Papas? A boina de Torquato Neto e o rosto solitário de Caetano segurando o retrato de Nara Leão. Na contra capa o texto de um suposto roteiro cinematográfico escrito por Caetano Veloso onde os personagens são os próprios tropicalistas travando um diálogo confuso e irreverente que mistura Celly Campelo, Pixinguinha, Jefferson’s Airplane, a maçã, butique dos Beatles e João Gilberto.

Ficha Técnica
Arranjos: Rogério Duprat
Produção: Manuel Berembeim
Técnico de gravação: Estélio


Download: Tropicália ou Panis et Circencis [1969]

Faixas:
01- Miserere nóbis
(Gilberto Gil/Capinan)
Gilberto Gil
02- Coração materno
(Vicente Celestino)
Caetano Veloso
03- Panis et circenses
(Gilberto Gil/Caetano Veloso)
Os Mutantes
04- Lindonéia
(Caetano Veloso)
Nara Leão
05- Parque industrial
(Tom Zé)
Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Os Mutantes
06- Geléia geral
(Gilberto Gil/Torquato Neto)
Gilberto Gil
07- Baby
(Caetano Veloso)
Gal Costa e Caetano Veloso
08- Três caravelas
(A. Algueiró Jr./G. Moreau/ Versão João de Barro)
Caetano Veloso e Gilberto Gil
09- Enquanto seu lobo não vem
(Caetano Veloso)
Caetano Veloso
10- Mamãe, coragem
(Caetano Veloso/Torquato Neto)
Gal Costa
11- Bat macumba
(Gilberto Gil/Caetano Veloso)
Gilberto Gil
12- Hino ao Senhor do Bonfim
(João Antonio Wanderley)
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Os Mutantes


Um disco verde-amarelo.

Tropilia

Marcadores: